sexta-feira, 27 de maio de 2011

ARREMESSOS FATAIS


Não pude comparecer ao Olímpico para nossa aguardada estreia no Dilmão 2011. Uma pena. Tive de me conformar em assistir à partida pela TV. Na casa da sogra. Colorada. É amigo, a vida é dura.
Ao saber que a estreia do Grêmio seria em casa, contra o time com maior número de torcedores presidiários do mundo, imediatamente fui remetido à 2006, quando também recebemos os frequentadores do Carandirú no Olímpico. O Grêmio voltava da série B,onde havia se tornado campeão na decantada Batalha dos Aflitos, e o Curinthia defendia o título do certame nacional, furtivamente ganho no ano anterior, o ano das partidas anuladas e do árbitro que virou adjetivo, Edilson Pereira.
O Tricolor possuía um time mixto de jogadores, ilusionistas e outros desprovidos inclusive do talento da enganação. Como exemplos temos Lucas, Ramon e Pedro Jr., respectivamente. O Bangu 1 FC era um clube entregue a "investidores" estrangeiros, que encontraram no sempre obscuro funcionamento da instituição um terroir perfeito para a realização de toda sorte de negócio, alguns até envolvendo futebol. Isso incluía a presença de Mascherano à frente da área, Tevez (o belo) no ataque, além do infelizmente conhecido varapau Nilmar.
O pavilhão tricolor era ocupado por um treinador interiorano, de fala mansa e pausada. No ano seguinte, este mesmo treinador ocuparia a casamata do então visitante. Hoje ele não mais escala, mas convoca, além de fazer propagandas para uma marca de cerveja de gosto duvidoso. Duvidosa, aliás, fora a escalação escolhida para o início daquela partida, com o Grêmio formando duas linhas de quatro, visivelmente objetivando diminiuir duas coisas, sua carência qualitativa e os espaços do rápido adversário. E quis o destino que um mesmo homem viesse a ser decisivo, tanto em 2006 a favor do Grêmio, quanto agora, 2011, em favor do adversário. Eu explico.
Em 2006, o Grêmio tinha em seu plantel dois laterais direitos, Patrício (que nome) e Alessandro. Para formar as duas linhas de quatro e surpreender o adversário, o segundo foi posto a jogar no meio de campo, à frente do primeiro. Numa posição assim, entre meia, volante, ponta e gandula. Algo hoje repetido por Renato Portaluzes com Lúcio, embora com funções um pouco diferentes. Pois, assim como hoje, não é que funcionou!!!! Alessandro defendeu bem, impediu os ataques gaviões pela esquerda e ainda marcou um dos dois gols da vitória Gremista.
E agora, em 2011, veio ele mostrar todo o brilho de sua careca contra nossa torcida, e decidir o jogo novamente... com o uso da regra 15. Diz a regra 15 do futebol:

Será concedido arremesso lateral:

- quando a bola tiver ultrapassado a linha lateral em sua totalidade, seja por terra ou pelo ar;
- no ponto por onde tiver ultrapassado inteiramente a linha lateral;
- aos adversários do jogador que tocou por último a bola.

Procedimento

No momento de lançar a bola o executor deverá:
- ter uma parte de ambos os pés sobre a linha lateral ou no exterior da mesma;
- servir-se de ambas as mãos;
- lançar a bola de trás e por cima da cabeça.
O executor do lateral não poderá voltar a jogar a bola, enquanto esta não tiver sido tocada por outro jogador.
A bola estará em jogo tão logo tenha entrado no campo de jogo.


Caso você não tenha entendido as entre linhas, acima está escrito que esta é uma jogada fatal!!! Ao menos contra o Grêmio!!! Nos últimos jogos, arremesso lateral contra o Grêmio tornou-se mais perigoso do que escanteio ou até mesmo pênalti. Tem de ver isso aí hein!!!
De resto, tivemos um jogo com poucas chances de gol, truncado, vencido pela equipe com o melhor centro avante.
E, fica o direito de pergunta: Precisamos de Miralles ou Milagres???

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